segunda-feira, 21 de junho de 2010


Regras do desafio:

1. Indicar o selinho para cinco blogs cujos posts considere mais interessantes e cheios de significados, não levando em conta o layout ou a organização de widgets do blog.

2. Responder a esta pergunta : " Acha que a beleza está nos olhos de quem vê ou isso é só uma
desculpa de pessoas feias?"
Beleza? Beleza é tudo o que nós vemos bonito. O que nós vemos bonito? Aquilo que queremos.

3. Avisar quem indicou e comentar.
Obrigada pelo selo Beah. (P.S. NÃO MANDEM MAIS)
Beijinhos ^^

domingo, 4 de abril de 2010

A Descobrir - 4º Capítulo

O verde que nos rodeava era fascinante. Envolvia tons de púrpura, laranja, amarelo… cores quentes que como Pedro, ou melhor, Ian dizia: cores que te caracterizam. Senti um nó no estômago e lembrei me do aperto do coração… já não o sentia… abraçava Pedro agora também. Não me sentia completa mas estava bem. Estava apenas em ansiedade por ir conhecer um novo mundo. Andava às cambalhotas… caramba! Não me canso de dizer aquilo era fantástico.

Chegamos e Pedro prendeu-me a si com mais força, seria de protecção? Era nova naquele lugar, era nova para aquele mundo. Senti uma vontade enorme de pegar no lápis e fazer um retrato. Um retrato… mas de quem? Senti-me a pousar em terra firme. Senti os meus pés a sentirem o que já não sentiam à muito tempo e a ficarem satisfeitos. Passou-me a imagem daquele rapaz que se desvanecera à dias da minha cabeça voltara. Agora sim, sentia-me completa. Não sei bem donde mas apareceu-me um bloco de desenho e um lápis e segui a minha vontade. Desenhei, mas não um retrato, num impulso desenhei uma paisagem. Estavam lá o Pedro, eu, o tal rapaz e mais uma rapariguinha. Pousei o lápis e apenas desenhei estas 4 personagens e um sol. O rapaz foi desenhado com tal proeza por mim que pareceu que nuca por mim foi esquecido.

Vi Pedro a olhar para mim com um fantástico sorriso na cara e como se me lesse a mente:

- Já vais perceber tudo, segue-me. E lembra-te; eu sou o Ian. – Qual Ian, qual carapuça, ele era e sempre será o meu Pedro.

Segui-o com o máximo de cuidado, sempre a visualizar aquele lugar a que ele chamava Magestêr. Não percebi logo ao inicio a diferença entre os dois mundos: pessoas normais como nós; supermercados com o mesmo tipo de alimentação; tribunais; hospitais; escolas… uauh mas estas escolas pareciam que nunca antes foram usadas. E mais uma vez Pedro leu-me os pensamentos:

- As pessoas daqui são muito respeitosas, são verdadeiras, modestas e se alguma vez pensarem em mentir… ainda não descobri qual é o castigo mas não deve ser nada bom.

Neste momento passou-me pela cabeça de que maneira é que alguém adivinhava se o outro alguém mentia… eu sei que há pessoas que mentem muito mal, ficando todas atrapalhas mas também há aquelas pessoas que sabem mentir. O que é o meu caso. Habituei-me ao longo dos anos a encobrir o dom do meu pai, daí o meu hábito, se bem que não era mentir. Eu nunca minto… Omito, bem diferente. Foi nesse pensamento que eu notei a diferença entre os dois mundos. Naquele todos tinham um dom. Foi aí que o entusiasmo se alastrou pelo meu corpo ao tentar imaginar qual era o meu dom. Até agora ainda não tinha sentido nem visto nada que denunciasse o meu dom.

- Qual é o teu dom, Ped… Ian?

- Sei que não é melhor que o teu, nem tão bom. É um dom muito simples. – disse Pedro com tom de tristeza.

- Estás a brincar? Imaginas quanta gente na terra adorava ter o teu dom? tens ideia que só de pertencer a este mundo não és vulgar. E ainda para mais és o meu Pedro, sempre especial. – ele sorriu com a minha ultima afirmação. Era verdade. – mas afinal qual é o meu dom?

- Já descobriste o meu e não fazes ideia do teu? Quer dizer, para dizeres isso, deves saber… - com ar de quem me estava a desafiar para um jogo de adivinhas.

Fui todo o caminho a imaginar os vários dons que ele podia ter: ler mentes, prever o futuro, mudar de humor, provocar dor, felicidade, alegria; mas parece que nenhum era o correcto. E dizia ele um dom vulgar… caramba. Isto está difícil. Com os meus pensamentos em todos os dons possíveis e imaginários (quer dizer, todos não porque ainda não acertara no dom de Pedro) cheguei… cheguei a um castelo? Mas o que é isto? Penso que a minha reacção foi abrir a boca, não reparei mas a reparar no comentário de Pedro.

- É magnífico, não é? Só abres assim a boca quando é isso que o sentes. – Interroguei-me com o comentário dele olhando para Pedro. – O que foi? Conheço-te a alguns aninhos… já lá vão 17.

- É incrivelmente fantástico. - Todas estas formas, mosaicos envolviam a imensidão daquele mundo. Acabara de entrar num mundo novo.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Ainda a Perceber - 3º Capítulo

Acordei deitada nos braços do meu pai.

- Então? Não tens caminha para dormires? Ou é preciso por uma grade como quando eras pequena? – Ria-se. Estava atordoada com tudo o que tinha acontecido e tentei explicar.

- nã… não é isso… Eu vi…

- Eu sei, estava a brincar contigo. – Disse ele mas, penso eu, sem saber a verdadeira razão por eu estar deitado no chão.

Saiu do quarto. Fechei a porta na esperança de que quando me voltasse em direcção à cama estivesse lá Pedro. Estava mesmo. Oh meu Deus. Só me apetecia gritar o quanto estava feliz por o ver. Contente, queria libertar o meu sorriso por todo o mundo.

- Desculpa não te queria assustar. Pensei que ficasses feliz por me veres mais cedo. Não era suposto mostrar-me tão cedo, mas não aguentei ver-te a sofrer tanto. Se eles sabem acho que estou arruinado. – e deu uma gargalhada pequena para si.

A única coisa que consegui libertar foi uma gargalhada tão alta. Ele estava louco? Eu não estava contente? Eu estava felicíssima. Quer dizer… não se notava logo. Os meus pensamentos foram interrompidos por um som de quem estava a bater à porta. Parei a gargalhada, vi a cara preocupada de Pedro e deduzi que ninguém o podia ver (nem mesmo eu, mas Rita era Pedro e Pedro era Rita). Nesse momento de dedução Pedro desapareceu.

Fui abrir a porta e desejei que Pedro voltasse mais tarde. Era a minha adorável mãe. Ficou com cara de quem estava bastante surpreendida. Também, não era para menos. Para quem tinha perdido o seu melhor amigo durante manha e estava às gargalhadas no seu quarto, parecia comportamento de quem precisava de acompanhamento psicológico.

- Está tudo bem?

- Sim mãe, desculpa se fiz muito barulho.

- Não faz mal, só vim ter a certeza que estavas bem.

Fechou a porta e eu sentei-me encostada à porta na tentativa de assimilar tudo o que se estava a passar e a tentar acreditar que tudo o que se passara não era um sonho.

Pedro apareceu sentado à minha beira. Tive uma vontade enorme de o abraçar mas pareceu existir uma barreira à volta dele que não o permitia. Ele olhou-me com aqueles seus olhos verdes que só eu os conhecia bem e fez beicinho. Óh Deus… só não estava com ele à menos de um dia e já sentia a falta dele assim tanto? Aquele aperto no coração continuou, mesmo estando a vê-lo ali o aperto continuou. Queria tocar-lhe, queria abraçá-lo, mas mais nada aconteceu se não um abafo da parte dos dois.

- aff… - dissemos os dois ao mesmo tempo o que provocou uma gargalhada logo a seguir, lembrando os “velhos” tempos.

- Desculpa mas não estou a apanhar metade disto. Podes-me explicar o que és teoricamente?

- Ok. Isto vai ser complicado porque nem eu ainda entendi muito bem, só sei que pessoas como o teu pai são muito poderosas e algumas como…

- espera aí! Mas tu já sabes?!

- eu sei que era isso que me ias contar no momento em que ocorreu o acidente. E foi por esse mesmo motivo que estou assim agora: morto. Mas não te sintas culpada porque na verdade…

O que é que ele está para ali a dizer? Oh não… sou eu a culpada? Não acredito…

- Então quer dizer se eu não tivesse a brilhante ideia de te ir contar tu não estavas “morto”?

- Não foi bem isso que aconteceu. O teu pai viu a minha reacção se tu me tivesses contado naquele momento. Ok, tenho que admitir que não era aquela que tu esperavas. Então ele para impedir que tu ficasses destroçada, sacrificou o seu dom tornando-me morto para o mundo humano e um “semi-vivo” para o TEU mundo que se tornou diferente desde que o teu pai sacrificou os dons dele.

- Estás-me a dizer que o meu pai sacrificou o dom dele para eu não ficar destroçada?

- O que eu estou a tentar dizer é que o teu pai te ama e sacrificou os seus dons por ti. Tu não ias apenas ficar destroçada… o teu pai viu o teu bilhete de suicido daqui a alguns anos devido à minha reacção e neste momento sinto-me tão culpado que nem… - fez outra vez o seu beicinho que me deixou com duas lágrimas nos olhos…

- Espera, tu és ou eras um ser humano. Eu é que espero sempre o melhor e por vezes isso não acontece. Eu é que fui uma parva em… Espera lá… como é que o meu pai sacrificou os dons dele?

- Ainda é muito cedo para te falar nisto, nem eu devia estar a contar metade do que estou a faze-lo agora… é muito arriscado. Eles confiaram em mim mas eu não consegui ver-te assim tão triste…

- Ok… vamos lá parar para pensar um bocadinho… primeiro ninguém, nenhum de nos, se vai sentir culpado por nada, entendido? Porque Rita ser Pedro e Pedro ser Rita!

- Entendido, só que com uma diferença: já não te vais chamar mais Rita, nem eu sou o Pedro; quer dizer, só para o mundo humano.

- Ok, segundo ponto…. A propósito… então há mais de um mundo e eu pertenço a dois?

- Desculpa mas estas perguntas já não me cabem a mim responder-te. Acho que vou assumir o meu “erro” se o podemos chamar assim e levar-te aos três magistreiros.

- Vais-me levar onde??

- Aos três magistreiros. São uma família para o qual, no mundo Magestêr, o teu pai trabalhava, como se chama aqui no mundo humano.

- Ok, o meu pai sabe do que se está a passar? E tu em tão pouco tempo já sabes tanto do mundo em quem só em menos de duas horas estivestes? E onde isso fica?

- Chegou definitivamente o momento. Falei demais. – Pedro resmungava para si mesmo.

Abriu uma pequena brisa de ar com uma multidão de cores. A que mais se destacava era o verde, mas que coisa magnifica, porque é que não tinha uma maquina para gravar aquilo tudo … e foi nesse momento que a razão chamou o encantamento e perguntou o que era aquilo?

- É um portal? Uauh, pensava que isto só existia nos livros e nas series com magia…

- Tal como muita gente pensa em relação aos dons…

- Pedro isto…

- Desculpa, mas acho que isto, devo ser eu a dizer antes que passes uma “vergonha” em Magestêr. O meu nome lá é Ian e o teu é … bem, esse esperas porque vai ser surpresa…

- Sorry… como eu ia a dizer… isto tem uma cor espectacular.

Sussurrou-me ao ouvido e disse: - mais um segredo: os portais têm a cor definida como a preferência de cada um… deixa-me adivinhar… a tua é verde certo? – acenei com a cabeça afirmativamente e, neste impulso enrolou-me nos seus braços e puxou-me para dentro do portal.

Foi fantástico. Primeiro porque consegui sentir Pedro e segundo devido àquela cor verdinha que nos rodeava.

Morte - 2º Capítulo

Atendeu-me a mãe dele, a sua voz transmitia alguma aflição. Entrei, subi naquele minúsculo elevador de cor azulada e dirigi-me ao 5º andar. Nesse percurso o meu telemóvel tocou. Era o meu pai a dizer para eu ir para casa. Disse-lhe que sim, mas primeiro iria falar com Pedro. Ele não me quis dizer mais nada adivinhando que me estava a dirigir para o apartamento de Pedro.

Cheguei ao 5º piso e dirigi-me à porta. A mãe dele esperava-me à porta e tal como eu previa, estava aflita. Cumprimentei-a e perguntei-lhe o que a estava a por naquele estado.

- Oh Rita, não sei do Pedro.

- Já lhe experimentou ligar?

- Já o fiz Rita, ele não atende.

Nesse momento toca a campainha; é o meu pai. A mãe de Pedro mandou-o subir. Na altura da entrada do meu pai pela porta, toca o telefone.

- Tenha calma.

D. Teresa não entendeu a fala do meu pai. E dirigiu-se ao telefone. Conseguia-se ouvir quem estava do outro lado do telefone.

- D. Teresa? Daqui fala o hospital S. João do Porto. O seu filho sofreu um acidente de condução de motociclo. Era se possível podia comparecer cá.

Depois de ouvir isto o meu pai agarra o telefone e senta Teresa.

Vi-me sentada numa cadeira de hospital. Como fui ali parar? É verdade… O Pedro? O meu Pedro? Vi o meu pai e dirigi-me a ele. Meu pai não me deu oportunidade de falar. Abraçou-me com força, abanando a cabeça. Pedro? Pedro? Onde estava? A minha mente levou-me numa corrida ao vento e dirigiu-me a um pensamento cruel que me atingiu como uma faca no meu estômago, uma espada no meu coração. Pedro não pode morrer. Pedro era Rita e Rita era Pedro, caso Pedro morresse, Rita morreria com ele. Não consegui acreditar e teve que ser o meu pai a dizer-mo ao ouvido para eu ter a certeza do que estava na minha cabeça.

- Pedro faleceu. Teve um acidente mortal. – Murmurou o meu pai ao ouvido.

Como aquilo aconteceu? Não tive tempo para reagir, apenas aquela agua salgada a sair dos meus “profundos olhos”, caracterizados desta maneira por Pedro. Eu não podia ter perdido o meu melhor amigo. Eu era ele.

O meu pai pegou-me ao colo e estava em casa com uma chávena de chá e bolachas para me alimentar, como estava a dizer a minha mãe. Não consegui tocar em nada. Dirigi-me ao meu quarto e deitei-me sobre o edredão verde… verde, a cor dos olhos de Pedro. Este pensamento, os pensamentos de saudade de Pedro tocavam no meu peito em carne viva, ainda em ferida, acabada de abrir. Só me apetecia encostar os joelhos ao peito e abraça-los com os meus longos braços. E assim o fiz. As lágrimas não paravam de se soltarem dos meus olhos e escorregarem pela minha cara húmida de tanto chorar.

Os meus olhos estavam nublados e tive a sensação de ver Pedro e com a sua suave voz dizer: “Não chores. Vou estar sempre aqui.”. Quis-me manter acordada mas a mão dele passou-me pelos olhos acabando por fechar as pálpebras e adormecer.

Adormeci com as lágrimas nos olhos e acordei com elas. Adormeci com a imagem de Pedro não cabeça e acordei com ela ao meu lado o que me fez dar um enorme salto da cama e deitar-me para fora dela.

Senti-me atordoada e ainda a sonhar, mas, deitada no chão vi a cara de Pedro a espreitar por cima do colchão. Aí desmaiei…

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Apresentação - 1º Capítulo

Eu sabia que ele existia, sonhava com ele desde a primeira vez que o vi e apaixonei-me. Pois mas o que leva a este sofrimento, que dói e magoa cá dentro, foi esse mesmo motivo: a primeira… e a ultima vez que o vira.

Já passara dois anos e o meu pai nunca viu o reencontro. Meu pai, chefe da polícia, tinha poderes, ou como diz a minha mãe: não são poderes, são dons que nos salvaguardaram um dia. O meu pai não gostava muito da ideia de me contar desses seus dons de ver o futuro (como podem imaginar dava-lhe imenso jeito na profissão dele), por isso era a minha mãe que falava neles com orgulho por ter um marido ‘talentoso’ (se é isto que podemos chamar). Ansiava um dia que ele visse me quisesse falar destes seus dons e me mostrasse se realmente iria conseguir o reencontro. Em relação aos dons do meu pai, a minha mãe contava tudo porque sabia que eu era interessada na matéria sonhando um dia poder ficar com esses seus dons. Claro que tinha algum receio de, a princípio, me baralhasse um bocadinho as ideias mas sabia que mais tarde ou mais cedo me iria habituar.

Nestes últimos tempos o sofrimento tem cada vez mais aumentado e realmente tornado mais sufocador: uma corda da garganta e um balde de água prestes a rebentar nos meus olhos. Acordava e adormecia com essa dita agua nos olhos, mas ultimamente, tal como o sofrimento, os meus sonhos têm sido sufocadores: não me lembrava do que sonhara e a imagem do rapaz estava a desvanecer dentro da minha cabeça. E a história que eu desejava contar era que realmente desvaneceu e nunca mais me lembrara do rapaz, mas a verdade é que eu não o queria esquecer. Queria guarda-lo q relembra-lo para sempre. Então fiz uso do meu talento nato para o desenho e, daquelas poucas memorias que ainda restavam da minha cabeça, fiz o seu retrato com aquele lápis que Pedro me oferecera nos anos. Posso considerar o meu melhor amigo a minha vida, ele sabia de tudo, confiava nele em qualquer coisa que fazia. Pedro era Rita e Rita era Pedro (sim, Rita é o meu nome). É ele que ainda hoje me ajuda nas decisões mais importantes da minha vida e o único (para alem da minha mãe) a quem eu confio o suficiente bem para contar o dom do meu pai.

Estava à espera daquele dia à anos. Queria contar a alguém a felicidade que sentia ao ter um pai como o meu. Esse dia tinha chegado. Pedro acreditaria e não me chamaria louca como tinha a certeza que muito dos meus ditos amigos me chamariam, ou também nunca iria dizer que tinha uma imaginação fértil. Iria acreditar em mim. Não quis perguntar à minha mãe como ele iria reagir; à minha mãe porque era ela, a única pessoa, que o meu pai desabafava, e caso a minha mãe visse que a visão do meu pai interferisse comigo, falaria comigo. Mas desta vez, não perguntei nada à minha mãe. Acreditara que Pedro iria aceitar e acreditar.

Saí do meu quarto, percorri o corredor e dirigi-me ao hall de entrada. Peguei nas chaves de casa, nas chaves do meu seat e saí. Não dei explicações a ninguém. O meu pai não estava, nem a minha mãe. Mas não disse nada à minha irmã que estava preocupada em fazer as cábulas para o teste que iria ter amanhã. Aquela rapariga safava-se sempre. Não sei como, sei que da primeira e última vez que as tentei usar não consegui e como já temia isso “marrei” a matéria (como o habitual) ate saber tudo. Dessa vez também não quis perguntar à minha mãe como me iria safar... vergonha.

Saí de casa com a máxima velocidade que consegui atingir no meu passo lento de humana a andar. Dirigi-me ao carro e talvez devesse perguntar porque tanta velocidade, mas já sabia a resposta: ansiedade e nervosismo da reacção de Pedro. Inseri a chave e fiz-me à estrada.

A casa de Pedro não era muito longe. Daqui a 10 minutinhos estava lá, e sabia que era daqui a 10 minutinhos que iria confrontar Pedro. Durante a viagem imaginem as varias formas como lhe poderia falar daquele dom do meu pai.

Já avistava o prédio de Pedro do fundo da rua. Procurei estacionamento cá em baixo e pus-me a apreciar o que todos os dias via mas não reparava. O prédio de Pedro tinha uma estrutura arquitectónica fantástica. Adorava aquilo mas só hoje vi realmente como aquilo era. O que mais me chamou a atenção foi o facto do formato de um livro aberto que a parte de cima do prédio tinha.

Enquanto apreciava parece que a minha coragem se começou a desvanecer mas mesmo assim continuei em frente. Saí porta fora do carro e toquei à campainha de Pedro.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Bem-Vinda!

Acabei de criar uma nova vida, uma vida de alegrias, tristezas, de crueldades e justiças. Uma vida em que EU posso dar as opções e escolher. Uma vida criada por mim.

Vai começar a verdadeira aventura da minha vida!